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O PIB refere-se ao valor de bens e serviços produzidos num sistema económico durante um período contabilístico.

A variação nominal é a flutuação do PIB a preços correntes, a qual é influenciada pelas mudanças no preço ou no volume, ao longo do tempo. O crescimento real é obtido pela eliminação do efeito da variação de preços na variação nominal, equivalendo portanto à variação de volume.

Internacionalmente são geralmente utilizadas como medidas de variação do PIB as estimativas a preços constantes e as medidas de volume em cadeia. Em 2010 a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) adoptou o método das medidas de volume em cadeia para medir a variação do volume do PIB, em substituição do método a preços constantes, utilizado anteriormente. Segundo o método a preços constantes, é seleccionado um determinado ano como base, a partir do qual as estimativas a preços constantes do PIB dos anos seguintes são dadas pela agregação dos componentes, através da multiplicação do preço de cada componente no ano base pelo seu volume no ano corrente. A variação real deriva da comparação das estimativas a preços constantes nos diversos anos. Os preços de cada componente variam com taxas diferentes e em diferentes direcções, como por exemplo quando sobe o preço dos alimentos, enquanto desce o preço dos telemóveis, o que resulta na alteração contínua da estrutura de preços dos bens e serviços, nos diversos anos. Quanto mais distante estiver o ano base, maior será a diferença de estrutura de preços de cada componente do PIB em relação ao ano base. Por conseguinte, as estimativas a preços constantes tornam-se menos úteis nos anos mais afastados do ano base e nos países com mudanças rápidas na estrutura de preços, tornando-se necessária uma actualização regular do ano base, para garantir a sua relevância.

As medidas de volume em cadeia são um método de compilação das medidas do volume do PIB e dos seus componentes, através da reavaliação da ponderação anual da ligação em cadeia. Em primeiro lugar, as estimativas de volume dos principais componentes do PIB do ano corrente são reavaliadas com base nos preços dos anos anteriores, o que, na prática, significa deflacionar os valores dos preços correntes dos componentes pelos respectivos índices de preços. Numa segunda etapa, os índices de volume de curto prazo calculados pela divisão do volume estimado do PIB (obtido na primeira etapa) pelo PIB a preços correntes do ano anterior, são ligados em cadeia a um ano de referência, a fim de se obter uma série temporal contínua dos índices de volume do PIB e seus componentes. O índice das séries de volume em cadeia pode ser convertido em séries de preços em cadeia, através da multiplicação do índice do volume em cadeia pelo valor a preços correntes no ano de referência. Visto que as medidas de volume em cadeia utilizam como ponderação a estrutura de preços do ano precedente e também devido ao facto de as estruturas de preços de dois anos consecutivos serem similares, proporciona-se assim, uma medida fiável do crescimento económico em termos reais.

Os leitores de uma maneira geral têm dificuldade em entender os conceitos teóricos das estimativas a preços constantes e das medidas de volume em cadeia, pelo que se utilizam exemplos de produtos agrícolas para ilustrar os dois métodos. Explicam-se as razões para adoptar as medidas de volume em cadeia, através da comparação destes dois métodos. Por fim, agregando a interpretação aritmética e exemplos de casos concretos apresenta-se a explicação detalhada sobre a aplicação e o cálculo das medidas de volume em cadeia. Os leitores em geral podem ler as partes II, III e IV para ficarem com uma ideia dos métodos e das diferenças entre as estimativas a preços constantes e as medidas de volume em cadeia. As partes V e VI envolvem as explicações aritméticas mais complexas, apropriadas para os leitores que estão interessados em conceitos teóricos.