A DSEC desempenha o papel de recolha, análise e divulgação de dados estatísticos em Macau, realizando operações estatísticas que abrangem um vasto leque de assuntos: transportes e comunicações, serviços, comércio por grosso e a retalho, preços, comércio externo, construção, indústrias, energia, demografia, emprego, educação, saúde, ambiente, crime e justiça e ainda o produto interno bruto. Os Censos, realizados de dez em dez anos, são a maior das operações estatísticas.
A população de Macau inclui os indivíduos que tem a sua residência habitual no território de Macau, incluindo a população habitual e a população flutuante, cujo critério é definido pelo tempo de residência (para mais pormenores, vide “Conhecimentos Estatísticos: O que se entende por população habitual e população flutuante?”). As unidades de observação dos Censos englobam todas as unidades comerciais, habitacionais, ou com outros fins, bem como os indivíduos que residem ou permanecem nessas unidades no momento censitário. Portanto, mesmo que um indivíduo tenha o estatuto de residente de Macau, não será contado na população se no momento censitário estiver a frequentar cursos no estrangeiro e se não regressar por um determinado número de anos. Assim, o conjunto dos residentes de Macau não corresponde à população de Macau, pois se assim acontecesse, era escusada a realização dos Censos, já que bastaria consultar directamente os Serviços de Identificação de Macau para apurar o número de bilhetes de identidade emitidos.
O primeiro recenseamento da população realizou-se em 1867, existindo nessa altura uma população residente de cerca de 80.000 pessoas. Até agora foram levados a cabo 14 recenseamentos da população em Macau. Nos Censos 1991 a cobertura estatística incluiu pela primeira vez a população flutuante, a fim de reflectir com mais precisão o número da população em Macau. A partir dos Censos 2001, a par do desenvolvimento sócio-económico e do melhoramento das condições de vida e de alojamento, deixaram de ser recolhidos dados sobre os equipamentos básicos das unidades de alojamento (sanitários e rede eléctrica), passando, em vez disso, a ser recolhidos dados mais detalhados sobre características educacionais e económicas, entre outros.
Os resultados dos Censos são imprescindíveis no processo de desenvolvimento de Macau. Os dados demográficos, além de reflectirem a evolução da estrutura e das características sócio-económicas da população nos últimos anos, constituem referências fundamentais no planeamento do Governo da RAEM, nomeadamente na definição das futuras políticas de educação, habitação, transportes, saúde e serviços sociais. Além disso, é inestimável a sua utilidade na definição de estratégias de desenvolvimento de actividades das instituições privadas locais e na realização de pesquisas por académicos.